miércoles, 4 de febrero de 2009

Feminist men

Una recomanació feminista, escrita per un home. Ni todas las mujeres son feministas, ni todos los hombres apoyan el patriarcado. Per mostra, una recensió d'una investigació en gallec de Lisboa d'un home feminista.


DIEGUES, Carlos, A revolução pendente. Feminismo e democracia, Galiza, Estaleiro Editora, 2008, 156 p.

No contexto de “inflação da cultura”–en termos de María Xosé Agra-, continua a ser difícil reconhecer os outros – e nomeadamente as outras- como seres humanos iguais. A revolução pendente. Feminismo e democracia é um alegato feminista para reconhecer a outra metade da humanidade: as mulleres, dito isto dum jeito nom essencialista, pois junto ao autor do texto coincidimos em afirmar a pluralidade e mobilidade intra-identitária. Carlos Diegues defende nestas páginas, com rigor e fidelidade ás fontes das que bebe de jeito sempre crítico, o reconhecimento como umha questom de justiça, como figera Nancy Fraser no contexto anglosaxom e Agra no nosso contexto.

Diegues, na linha de Fraser, demanda justiça desde umha perspectiva dual. O reconhecimento das mulheres é visto como meio e nom como fim. Pois o fim deve ser a crítica da “subordinação e da desigualdade em geral”, mais pertinente que nunca no contexto de globalizaçom actual, onde as diferenças entre mulheres medran, parelhas à feminizaçom da pobreza, e às novas formas de opressom. O respeito da dignidade dos seres humanos e a garantia da aplicaçom dos dereitos humanos e cidadáns- en tanto parte dum sujeito global- é o fim que persegue um feminismo global, ou o que vem a ser o mesmo, umha concepçom de justiça global.

A repolitizaçom que devolva as reivindicaçons éticas à esfera política e que rache a distinçom entre o eidos público e o privado é o fio que estrutura este ensaio. O feminismo é entendido como sinónimo de democracia polo autor, comprometido com este projecto emancipador teórico e prático. Nesta medida, Diegues aponta para o reconhecimento como fundamental, pois sem ele nom há justiça, e sem ela nom há democracia.

Por todo o antedito, estamos perante umha obra de radical actualidade, elaborada cumha metodologia académica, fruto dum trabalho doutoral, que confire ao texto um rigor conceptual fundamental na hora de tratar teorias complexas como o multiculturalismo, o liberalismo, etc. Tarefa que o autor acomete com valor e convencimento meditado, seguindo os sendeiros abertos por autoras da talha de Benhabib, Fraser, Okin ou Young. Diegues reflexiona sobre as questons da justiça e a igualdade, negando a separación liberal entre ambas, para facer así honra aos princípios da democracia radical, ainda nom acadada, daí o título: a revoluçom continua a estar pendente.

Iolanda Martínez Suárez


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